terça-feira, 12 de julho de 2011

Vontade de escrever - 2

Abri o "Nova postagem" e nem sabia sobre o que queria realmente escrever. Sabia que tinha que escrever. Lembrei de algumas perguntas que sempre me fazem. Coisas do tipo: quando você começou a escrever, sobre o que gosta de escrever, como você consegue escrever tanto. Antes de responder qualquer coisa, eu sorrio. Lembro dos momentos em que me fizeram ter que escrever; lembro da vontade que não sei de onde vem, mas sei onde termina; lembro de tantas lágrimas que me fizeram pegar o lápis e começar a descrever aquilo que sentia e, de alguma maneira, expurgava tudo o que podia fazer-me mal. Depois eu respondia. Acho que as palavras saltavam como melodias; pensava nelas, mas elas pulavam com vontade própria e respondiam por si só o seu efeito em mim.
Ainda agora, elas comandam minhas mãos. Só me livro delas para poder levar a xícara à boca e sorver mais um gole de café. Não seu explicar seu efeito em mim, apenas sei que me faz bem e isso basta. Amo escrever, amo ler, amo cada detalhe da escrita e da leitura. Às vezes, quando estou lendo, sorrio ao perceber como aquilo foi magnificamente explorado até que ficasse quase perfeito, afinal ninguém chega à perfeição. Eu sei que amo, acima de tudo, as palavras porque somente elas entendem até o que eu não sei entender em mim.

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