quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dia perfeito

O que qualifica um dia como perfeito? O que o desqualifica?
Estou de férias e não ando tendo muita coisa para fazer, a não ser cuidar da minha irmã mais nova. Tenho, na verdade, muita preguiça de fazer as coisas, mas ontem fui acordada por um telefonema de uma amiga que não via há muito. No final, acabei levantando, tomando uma ducha e indo encontrá-la. Foi divertido!
O legal de nos encontrarmos é que conversamos sobre todos os assuntos. Começamos em família e relacionamento (namoro, na verdade). Ela falou sobre tudo o que andava acontecendo no seu e encerramos esse assunto desejando que um dia encontremos o meu príncipe encantado (isso porque ela encontrou o seu). Depois disso, começamos a falar da história do último livro que eu li e sobre a história do livro que ela está lendo agora (ela está colecionando livros e compartilhamos as histórias), quase chorei tentando descrever o sentimento que o livro provocou em mim. De livro passamos a filme... ela anda bem sentimental e admitiu que anda chorando com facilidade com as histórias. O legal de conversarmos de filme é que mesmo que eu não tenha assistido e não queira saber o final, ela sempre me conta tudo ( na verdade, adoro quando ela faz isso!). Passamos para o assunto novela, política, religião, kit gay, relacionamento (mais uma vez), amizades. Fomos interrompidas por uma ligação onde foi marcada uma reunião para reunir todos os amigos no cinema. Voltamos a falar de amigos e tínhamos que ir embora. Mas não fomos! Já estávamos na rua e decidimos procurar mais livros de Marian Keyes pelos alfarrábios do centro da cidade. E como procuramos! Acabamos não encontrando nada novo e barato, mas decidimos que tínhamos que colecionar outros livros (e isso juntas). Voltamos para pegar o ônibus e não queria que aquela tarde amistosa acabasse, então, peguei o mesmo ônibus que o dela, mesmo sabendo que não iria chegar perto da minha casa. O mais legal foi no ônibus porque lá pudemos falar de casamento. Ela confidenciou seus planos de um casamento perfeito para ela (tomara que eu seja uma das madrinhas). Acabei falando minhas ideias de casamento (só no civil, não se assustem!) e rimos muito com toda a nossa visão de futuro. No caminho, tinha um acidente de moto. O trânsito não estava legal, mas isso não quis dizer nada para nós porque ficamos pensando em como a vida pode se esvair com tamanha facilidade. A moto estava jogada de um lado da pista e o corpo do motoqueiro do outro. Um modo ruim de terminar nossa tarde perfeita, mas eu tinha que descer e pegar outro ônibus. Como sempre, falei o que sempre falo: "Qualquer coisa, me liga!".
Enquanto estava esperando o ônibus certo, fiquei lembrando de todas as vezes que fizemos aquilo e como era bom. Certamente, tinha a resposta do que é um dia perfeito.

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