domingo, 29 de janeiro de 2012

Mudar

Eu mudei.
Mudei de lar.
Mudei de lugar.
Mudei de vida.
Mudei em querer ser.
Mudei em querer ter.
Mudei para os outros.
Mudei para mim.
Mudei o caminho.
Mudei o caráter.
Mudei...
Mudei as lembranças.
Mudei os pensamentos.
Eu mudei!
Ora, mudar não significa não me querer mais como era, mas querer ser melhor que antes. 
Eu mudei...

domingo, 8 de janeiro de 2012

10 dicas para desfazer o tédio de domingo.

Dica UM: Acorde quase na hora do almoço. Isso tomará grande parte do seu dia e, de quebra, sua família não te chamará de antissocial.


Dica DOIS: Tome bastante cafeína. Nem todos gostam de cafeína, mas uma mistura que tem surgido efeito nos meus domingos tediosos é: 2 comprimidos de dorflex + uma xícara de café. A pressão abaixa um pouco e você fica zen. (Não faça isso todos os dias, mas só nos domingos tediosos).


Dica TRÊS: No almoço tente se concentrar nas conversas que sejam engraçadas.  Isso irá fazer com que a sua família acredite que você está lá e está gostando de compartilhar momentos com ela.


Dica QUATRO: Após o almoço, levante rápido da mesa.  Chegou a hora de parar de confraternizar e tirar um tempo só para você. Saia da sala e comece a pensar num banho gelado pra relaxar mais.


Dica CINCO: Durma mais. A arte de acordar para comer e dormir novamente é simplesmente necessária em domingos tediosos. Durma algumas (muitas) horas logo após o almoço, isso te dará chance de passar o tempo logo.


Dica SEIS: Tome mais cafeína. Pra não ficar só no café, como eu, improvise com refrigerantes.


Dica SETE: Tome mais um banho pra despertar. Um banho calmo pra relaxar, já que o efeito do remédio de manhã passou.


Dica OITO: Internet. Acesse sites que te façam rir. Assista vídeos engraçados de stand up. Não busque muita informação séria. Você teve uma semana corrida, por isso, precisa desestressar.


Dica NOVE: Converse com amigos. Numa hora dessas, já está quase na hora de dormir de novo. No seu domingo, já confraternizou com a família, essa é a hora de encontrar, telefonar, teclar com amigos. Eles podem salvar o resto da noite.


Dica DEZ: Abra a geladeira pra ver se tem alguma ideia do que pode fazer mais no domingo. Todos já estão dormindo, então a casa está num silêncio que você gostaria de ter todos os dias. É hora de dormir, mas você fez isso o dia todo. Busque soluções pra esse resto de noite/madrugada. Tente fazer dar certo, pois daqui a poucas horas será segunda-feira.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A gente começa a se sentir meio vazio quando não está com ele. É como se o sopro da vida não existisse quando ele não está por perto. Não existe ar suficiente para encher os pulmões... você vai esvaziando!
Eu estou vazia. Estou sem você a vida inteira e todo ar que reservei esvaiu-se. Eu estou vazia.
Parei para lembrar dos planos que fiz para quando nos encontrássemos, mas já não suporto a sensação de ter te perdido sem nem ao menos te encontrar. É sufocante ficar sem ar... ficar sem você!
Conheci uma pessoa que talvez posso me ajudar a voltar a respirar. Ela não é como você. Talvez não chegue nem aos seus pés, mas ela me faz bem. Na atual situação, não posso me impedir de tentar fechar a ferida que abriu no meu pulmãocoração.
Chorei a noite passada, quando percebi que talvez nunca te encontraria, e não consegui respirar durante algum tempo. Achei que fosse morrer de verdade, já que por dentro estou petrificada. Senti medo ao pensar que se eu for agora terei a certeza de que não o encontrarei. Quero ter você, quero tocá-lo, quero que possamos passar uma semana deitados nus na cama.
Por enquanto, sonharei apenas com nosso casamento, nossos filhos, nossa família; tentarei conviver com a esperança de te ter um dia... apenas algum dia.

domingo, 1 de janeiro de 2012

"Mais uma vez"


Eu deveria ter dito o que realmente sentia naquela hora, mas algo me deteve. Engoli as palavras e as mastiguei. Tinham um gosto amargo de solidão... Depois que você saiu, eu continuei no quarto e gritei alto! Insultei a você, a seus pais... Insultei até a mim!


O que você pensava que eu era? Uma idiota, não é mesmo? Só poderia ser isso.

“A porta quase quebrou quando você saiu, sabia?”, gritei ao telefone.
Foda-se!”
“Não importa!”, minha voz era mais calma. “Você poderia apenas ter dito que não se importava mais se era amor mesmo ou só um passatempo pra você. Isso poderia ter mudado tudo, sabia?”.
Só ouvia sua respiração. Ainda estava nervoso.
“Então... eu te amo. Sei que não adianta mesmo qualquer coisa que eu diga nem importa mais falar que ‘temos uma família’ porque você sabe tanto quanto eu que divórcios acontecem o tempo todo. Vivemos isso na infância e sobrevivemos”, parecia um monólogo. “Só vamos tentar continuar mantendo na memória os momentos que tivemos... os bons momentos que não foram poucos. Acho que é só isso.”
De novo, só ouvia sua respiração.
“Não quero desligar”, falei chorando.
“Não, não é ‘só isso’! Eu amo você e não foi/não é/nunca será só um passatempo! Parece que você não entende”, sua voz estava nervosa. “Acontece que nos restou apenas os bons momentos a serem lembrados mesmo, nisso você tem razão” parecia mais calmo. “Você”, senti um sorriso nos seus lábios, “sabe que sempre pode contar comigo, não é? Porque somos amigos. Fique tranquila que tudo ficará bem.”.
Continuei em silêncio, chorando.
“Amanhã vou olhar a porta que quase quebrei.”
Adeus!
Eu te amo.”
Adeus...” e desliguei.
 Eu, realmente, deveria ter dito algo mais além de um breve ‘adeus’ porque depois do telefonema,  guardei as coisas numa mala e fui embora. Nunca soube se foi consertar a porta... Mas do que importa a porta agora?!



Meu amor, eu preciso de você! Nós precisamos de você...