quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amizade

Amizade. Parece que foi ontem que conheci meus verdadeiros amigos, mas na verdade o tempo ao lado de vocês é que passa depressa porque é maravilhoso! De todas as vezes que chorei, que sorri, que abracei, que me arrependi, que briguei, que xinguei, que desabei, que fiquei de porre… pelos menos um amigo sincero esteve ao meu lado para chorar comigo e me acalentar, para rir e gargalhar comigo, para me dar um abraço, para se arrepender comigo, para me segurar e não brigar mais, para xingar comigo e me xingar, para me levantar, para beber comigo ou não me deixar beber… É, minhas amigas/meus amigos hoje é apenas mais um dia nessa longa jornada que trilhamos juntos. Hoje é só para nos lembrar que mesmo às vezes estando distante a nossa amizade permanece. Mandei um sms para cada um que não estava comigo nesse dia… A mensagem pode ter sido um agradecimento sutil, mas o que vale é o amor que ela pôde demonstrar que sinto por cada um de meus amigos. Feliz dia do amigo!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Borralho

A morte é só o começo...
Criadora do meu mundo fictício, arquiteta das minhas ações, aprisionada nas grades verossímeis paralelas ao real, geradora do fabrico de sonhos e belezas imutáveis e mutantes, acendo a chama que, rapidamente, transforma o papel em cinzas. Assim como outrora a vida foi consumida pelo fogo do egocentrismo.
O mundo criado é tomado pela obscuridão;
a incerteza vira o caos.
As cinzas do irreal são misturadas à realidade e a loucura se instala na mente do criador. 
Com o tempo, as cinzas são levadas pela brisa inquietante do amanhecer. Mais um dia de dor e de medo!
A morte é só o (re)começo...

Palavras ao vento inquietante de um quarto vazio

Jogar com a vida parece fácil.
Numa hora tem-se a determinação, noutra, apenas dúvidas.
Em determinado momento o querer é maior do que o fazer, mas, no fundo, espera-se o morrer.
Uma linha tênue nos separa do encontro inevitável na vida de todas as pessoas: a morte.
Noutro instante, tem-se o “viver a vida”, o querer ou estar viva.
Mas a caneta começa a falhar, pois não existe tinta suficiente para usar e o papel em branco vai ficando.
O “nunca” se torna “agora” e, enfim, a separação. Um laço desfeito. O laço mais bonito e fugaz se desfez com o tempo, com o vento que trouxe e levou palavras soltas.
No ínfimo, a solidão não dá espaço e as vozes que outrora faziam o coração bater não são mais ouvidas.
Idealiza-se culpa e a lança em tudo e em todos. No momento seguinte, (res)surge o arrependimento que dói mais nos outros do que em si.
Não se sente suficientemente boa para estar aqui. Não se sente suficiente. Não se sente. Não.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Hoje não queria nem levantar da cama.

Meio acordada às 5 da manhã... 6, 7, 8 ... 10 e meia e a Clarinha veio me chamar na cama. Eu não chorava nem sorria com o "bom dia" caloroso que recebi, apenas não queria abrir os olhos, encarar o dia, sair da cama... Hoje não queria nem levantar... Olhei para Clarinha e senti que precisava pensar além de mim, como se eu tivesse que mais uma vez esquecer que alguma coisa me machucava, um punhal tentava quebrar meu coração e eu, por amor ao próximo, enfiava mais ainda esse punhal ao esquecer da minha dor.
Parecia diferente daquilo que lutei contra tempos atrás... Parecia que era uma dor de não se sentir amada por aquela pessoa. Eu sou amada, sei disso; meus amigos, minha mãe, minhas irmãs deixam isso claro. Mas aquela pessoa não! Estou sofrendo de novo por amor. E isso dói!
Dói admitir! Dói sonhar e não poder ter! Dói não compartilhar com ninguém! Dói porque simplesmente dói! E dói muito! E tá doendo muito! E eu quero que passe, mas não sei o que fazer.
Desculpe se eu estiver meio sem assunto... esses dias estou conseguindo apenas ler.

sábado, 16 de julho de 2011

Não somos uma ilha

Sabe o que mais me irrita? Barulho! Odeio barulhos inconvenientes em ônibus, na rua de madrugada, em locais fechados...
Há muito, conversava com uma pessoa enquanto me aprontava para ir ao colégio (estudava na 6ª série) e paramos no assunto Ser uma ilha. A pessoa dissertava que não somos uma ilha não porque estamos rodeados de pessoas, mas porque fazemos parte da história do outro mesmo que isso não seja o almejado. Acabamos nos tornando dependentes do outro no cotidiano e vice-versa. Aliás, quem tenta ser uma ilha acaba se afogando no mar da solidão.
A questão de não sermos uma ilha engloba-se aqui numa questão que acontece frequentemente: arrogância humana. Às vezes, muitas vezes, presto atenção no comportamento humano e observo cada coisa... Num ônibus, por exemplo, todos falam alto, ouvem música, transmissões de jogos, brigam... são tantas coisas que é difícil numerá-las e elas fazem isso sem se importar em estar invadindo o espaço dos outros. Na conversa que comentei acima, finalizamos pondo um ponto final no tocante a respeitar o espaço dos outros, suas vontades, sua vida e acho que isso não acaba acontecendo nas várias vezes em que parei para observá-los. Às vezes, fico olhando a destruição da natureza realizada pelo próprio homem. Minha mãe falou há pouco uma coisa fantástica: "O homem é mal." Infelizmente, ela tem razão. Qual motivo teriam de parar com a destruição? O lucro fala mais alto, o dinheiro é melhor. Pura arrogância, pensam que são uma ilha. Às vezes, escuto, mesmo não querendo, meus vizinhos que não sabem falar baixo. Escuto as brigas que chegam à rua numa pura demonstração de uma má educação, escuto suas imposições musicais quando sou obrigada a aumentar o volume da TV ou o que for que eu queira escutar em meu lar, escuto suas vidas como se fossem uma daquelas novelas de rádio antigas e isso porque eles acham que suas vidas ganham extensão nas ruas, acham que suas vidas são uma ilha.
É claro que não quero que eles não sigam seus caminhos fora de seus lares, mas que aceitem que não somos uma ilha e comprovem que respeitar o próximo também é um mandamento. Não um mandamento cristão, mas um mandamento de educação!

No final do arco-íris [2]

[...]em colégio, foi lá que conheci Eduarda.
No início, não nos falamos, mas assim que nossos olhares sorriram uma para a outra foi amizade à primeira vista. A Duda deu seu belo sorriso e seus olhos verdes brilharam. Eu era tímida, na época, baixei a cabeça depois de retribuir o sorriso. Durante duas semanas era apenas isso que fazíamos. Sorrisos e cumprimentos discretos.
Eu, apesar de já estar estudando lá há mais tempo que a Duda, não tinha me envolvido com toda aquela bagunça, pois minhas irmãs eram bem vistas no lugar e eu fazia o tipo “certinha” que todo professor elogia e o resto da turma odeia. Estava no ensino fundamental, sétimo ano, não podia decepcionar minha mãe que sempre estava no colégio para se certificar que eu e minhas irmãs estávamos indo bem nos estudos.
Minha família levou o maior susto quando passei a me comportar como eu queria, em vez de ser a “bonequinha do papai” e a “princesinha da mamãe”. Até minhas irmãs tinham inveja de mim! Achavam que eles me mimavam e não tinha espaço suficiente para elas em suas vidas. Apesar de achar isso também, toda situação mudou quando Eduarda apareceu em minha vida. Eu era a “filhinha do papai” mais sem graça do mundo, mas decidi que não seria mais uma pessoa que se deixa levar pelas imposições dos pais. Pelo menos, foi o que na época eu afirmei.
Minha mãe passou a odiar a Duda, meu pai perdia contato comigo a cada dia que passava, então, acabava sabendo tudo por alto pelas histórias da minha mãe. Rebeca acabou gostando da minha fase de libertação e acabou entrando na mesma esfera de rebeldia que eu, enquanto Samanta bancava a super-responsável mandona - bajuladora do meu pai, devo dizer.
Ainda estávamos na cozinha.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Vontade de escrever - 3

De todo dia
Aceitar a vida como ela é não quer dizer que você desistiu de lutar para melhorar. Aceitar a vida é recarregar as energias toda manhã e ter forças para abrir os olhos, levantar e estar preparado para decepções e frustrações sem jamais dizer que desistiu.
Desistir quer dizer que você estagnou e não quer fazer parte da sua história. Desistir é o mesmo que tapar os ouvidos para os sons da vida, selar a boca para o mundo, vendar os olhos para o belo que a natureza lhe deu sem pedir nada em troca.
É preciso respeitar as escolhas, mas ter opiniões, opções a seguir, caminhos que te encorajem a perseguir a verdade daquilo que é. Não basta acordar e seguir os outros, aquilo que segue precisa ter sentido, precisa amar aquilo que é.
Só assim entenderá que conquistar a felicidade depende apenas de você, do jeito como encarou cada passo, cada olhar, cada gesto, cada palavra. Do jeito como encarou você.

Divina Criatura Terrena

Ser criança é apontar o dedo para o céu quando um avião passa...

É ter a semente da felicidade dentro do coração e rir com sinceridade.
É dormir no colo da mãe.
É ser carregada pelo pai.
É ser a criatura mais bela e especial em cada momento que é olhada.
Ser criança é chorar por ter matado uma formiga...
É querer brincar mesmo durante o banho.
E mesmo durante o sonho.
É querer ser o irmão velho.
É ter os pais como super heróis.
É ter os professores como vilões.
Ser criança é apertar a campainha e sair correndo...
É querer virar adulto. E, quando vira, querer ser criança.
É brigar com os irmãos.
É abraçar sem ter medo. É chorar por querer algo e não possuir.
Ser criança é ser divino e terreno ao mesmo tempo...
É ter aura brilhante.
É ter alma inocente.
É ser... criança.




FELIZ DIA DA CRIANÇA!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dia perfeito

O que qualifica um dia como perfeito? O que o desqualifica?
Estou de férias e não ando tendo muita coisa para fazer, a não ser cuidar da minha irmã mais nova. Tenho, na verdade, muita preguiça de fazer as coisas, mas ontem fui acordada por um telefonema de uma amiga que não via há muito. No final, acabei levantando, tomando uma ducha e indo encontrá-la. Foi divertido!
O legal de nos encontrarmos é que conversamos sobre todos os assuntos. Começamos em família e relacionamento (namoro, na verdade). Ela falou sobre tudo o que andava acontecendo no seu e encerramos esse assunto desejando que um dia encontremos o meu príncipe encantado (isso porque ela encontrou o seu). Depois disso, começamos a falar da história do último livro que eu li e sobre a história do livro que ela está lendo agora (ela está colecionando livros e compartilhamos as histórias), quase chorei tentando descrever o sentimento que o livro provocou em mim. De livro passamos a filme... ela anda bem sentimental e admitiu que anda chorando com facilidade com as histórias. O legal de conversarmos de filme é que mesmo que eu não tenha assistido e não queira saber o final, ela sempre me conta tudo ( na verdade, adoro quando ela faz isso!). Passamos para o assunto novela, política, religião, kit gay, relacionamento (mais uma vez), amizades. Fomos interrompidas por uma ligação onde foi marcada uma reunião para reunir todos os amigos no cinema. Voltamos a falar de amigos e tínhamos que ir embora. Mas não fomos! Já estávamos na rua e decidimos procurar mais livros de Marian Keyes pelos alfarrábios do centro da cidade. E como procuramos! Acabamos não encontrando nada novo e barato, mas decidimos que tínhamos que colecionar outros livros (e isso juntas). Voltamos para pegar o ônibus e não queria que aquela tarde amistosa acabasse, então, peguei o mesmo ônibus que o dela, mesmo sabendo que não iria chegar perto da minha casa. O mais legal foi no ônibus porque lá pudemos falar de casamento. Ela confidenciou seus planos de um casamento perfeito para ela (tomara que eu seja uma das madrinhas). Acabei falando minhas ideias de casamento (só no civil, não se assustem!) e rimos muito com toda a nossa visão de futuro. No caminho, tinha um acidente de moto. O trânsito não estava legal, mas isso não quis dizer nada para nós porque ficamos pensando em como a vida pode se esvair com tamanha facilidade. A moto estava jogada de um lado da pista e o corpo do motoqueiro do outro. Um modo ruim de terminar nossa tarde perfeita, mas eu tinha que descer e pegar outro ônibus. Como sempre, falei o que sempre falo: "Qualquer coisa, me liga!".
Enquanto estava esperando o ônibus certo, fiquei lembrando de todas as vezes que fizemos aquilo e como era bom. Certamente, tinha a resposta do que é um dia perfeito.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

No final do arco-íris [1]

Cheguei de madrugada mais uma vez.
Entrei no quarto na ponta dos pés.
Ela dormia plácida. Sua respiração parecia de um bebê, sem nenhuma preocupação. Uma mecha ruiva havia caído em sua face e cobria seu olho. Sentei no meu lado da cama e fiquei admirando-a.
Adorava fazer aquilo.
E, no fim, sempre acabava acordando-a.
Ela levantava e preparava algo para eu comer e um café forte para sair daquele estado de pós-bebedeira.
Entrelacei meu dedo na mecha e levei-a até seu devido lugar.
Ela abriu os olhos vagarosamente e seu sorriso foi aparecendo. Voltou a fechá-los.
- Que horas são? – perguntou.
- Hora de levantar – disse sorrindo.
Eduarda riu. Ela sabia que aquilo provavelmente aconteceria.
Levantou e foi até a cozinha.
Fui atrás dela e tentei ajeitar a pequena bagunça que tinha feito pela sala ao chegar, ela odiava bagunça. Não sei como me suportava tanto. Minha mãe costumava dizer que logo, logo eu voltaria para casa, mas isso não aconteceu. Morávamos juntas há um ano e antes disso, costumava passar finais de semana em sua casa. Ao todo, dá uns dois anos de muita bagunça, sem falar nas bagunças acumuladas dos tempos de adolescência.
Ela esquentou a água do café.
Olhou para mim e soube do que eu precisava: café forte. Apesar de saber que só em sentir o cheiro eu estaria melhor.
Admito: sou viciada!
Perguntou se eu tinha comido alguma coisa. Tentei fazer uma cara de santa, de cachorrinho abandonado, de uma criancinha abandonada, tudo junto apenas para tentar não responder e ela entender que não, não havia posto se quer um pedaço de salgadinho na boca.
Eduarda não costumava ir às festas comigo, pelo menos não nessa época de faculdade. Queria estar sempre estudando para as provas de psicologia. Enquanto eu preferia aproveitar minha fase de estudante de jornalismo relaxada, mas tentando passar pelas cadeiras da faculdade com sucesso e sem estudar. Desde o colégio, achava que lugar de aprender era na sala de aula, fora de lá podia apenas curtir a vida. Ou passar o dia dormindo, ou chorando, ou navegando na internet, depende da fase que estava passando. Tem a romântica, a depressiva, a rebelde, a estressada, às vezes até eu me confundia em que fase estava.
Por falar em colégio, foi lá que conheci Eduarda. 

terça-feira, 12 de julho de 2011

Vontade de escrever - 2

Abri o "Nova postagem" e nem sabia sobre o que queria realmente escrever. Sabia que tinha que escrever. Lembrei de algumas perguntas que sempre me fazem. Coisas do tipo: quando você começou a escrever, sobre o que gosta de escrever, como você consegue escrever tanto. Antes de responder qualquer coisa, eu sorrio. Lembro dos momentos em que me fizeram ter que escrever; lembro da vontade que não sei de onde vem, mas sei onde termina; lembro de tantas lágrimas que me fizeram pegar o lápis e começar a descrever aquilo que sentia e, de alguma maneira, expurgava tudo o que podia fazer-me mal. Depois eu respondia. Acho que as palavras saltavam como melodias; pensava nelas, mas elas pulavam com vontade própria e respondiam por si só o seu efeito em mim.
Ainda agora, elas comandam minhas mãos. Só me livro delas para poder levar a xícara à boca e sorver mais um gole de café. Não seu explicar seu efeito em mim, apenas sei que me faz bem e isso basta. Amo escrever, amo ler, amo cada detalhe da escrita e da leitura. Às vezes, quando estou lendo, sorrio ao perceber como aquilo foi magnificamente explorado até que ficasse quase perfeito, afinal ninguém chega à perfeição. Eu sei que amo, acima de tudo, as palavras porque somente elas entendem até o que eu não sei entender em mim.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Erros de português - uso inadequado do MIM

Está começando a mim irritar o uso inadequado do pronome oblíquo mim. O último foi "... tá pedindo pra mim botar na fita." Isso me revoltou ainda mais. Eu sei que tem toda a coisa da inadequação do português, mas as pessoas não percebem que o mim fica completamente deslocado numa frase dessas. O pronome desse caso não pode ser usado como sujeito, apenas como objeto. Então quando forem falar usem a forma adequada que é o eu: tá pedindo pra eu botar na fita.
Uma lista de algumas coisas que vivo escutando.
"Coloca na Globo pra mim ver a novela."
"É pra mim ir junto com você?"
"Pra mim escolher, preciso de um tempo."
"Minha mãe disse pra mim fazer isso."
São alguns que escuto dentro da minha casa. 
Uma pequena observação: também erramos ao não usar o mim na seguinte situação
" Entre eu e ela." Frequentemente usamos essa forma errada (eu sou uma dessas). A forma adequada é: entre mim e ela. Fiquem atentos para não dar uma facada no PORTUGUÊS porque mim vai ficar de olho.

No final do arco-íris

No final do arco-íris eu não encontrei meu pote de ouro...
      Talvez eu tenha encontrado as moedinhas ao longo da minha vida, como num jogo de vídeo game, e as tenha escondido numa bolsa imaginária. O ouro representa minha riqueza maior: a amizade.
      A amizade chega de repente e toma conta de nós sem nenhuma explicação. Costuma agir como fogos de artifício. Explode no ar e joga milhares de pedaços chamuscados por aí; pedaços de amor, fidelidade, compreensão, união, liberdade, esperança e, principalmente, felicidade.
      Estou na minha “fase bônus”, onde tudo que eu conseguir já valerá a pena.
      Estávamos deitadas na areia da praia, escutando apenas o som das ondas e as batidas de nossos corações. Os olhos brilhavam de maneira especial. Olhos verdes, ressaltados pelos meus, negros; mirava-me e, claramente, podia ver os lábios abrindo-se num sorriso de extrema felicidade enquanto as testas encostadas faziam com que aquele momento fosse único.
Só nosso.
Eu e ela.
Ela e eu.
Então, a maior prova de que ali era o lugar em que eu realmente queria estar surgia espontaneamente. Onde a amizade pura e simples se transformava numa aliança de amor e prazer. Sem medo da repúdia, preconceito e discriminação. Estávamos unidas não no laço eterno, mas no “infinito até que dure”.

domingo, 10 de julho de 2011

A saga do moleque que tem que acordar cedo no domingo - Final

E o moleque acordou cedo nesse domingo que permitiu o aparecimento do sol que trouxe consigo um pouco do seu calor para iluminar o Rio de Janeiro. O frio de sábado foi superado pelos raios quentes do sol que favoreceram a saga do moleque que tem que acordar cedo no domingo. O vento gelado trazido pelas ondas do mar foi amenizado pelo sol de domingo em Rio das Ostras. E hoje acaba a saga acaba. Acordar cedo envolve dormir cedo. Boa noite!

Mulheres encalhadas procuram...

Estive conversando com minha irmã esses dias e, como nós duas estamos solteiras há algum tempo, encalhamos (literalmente) na conversa sobre homens e relacionamentos. Começamos a falar de nossa mania de olhar para um cara e catalogá-lo em "provável de namorar ou não". Depois dessa tensa revelação, descobrimos, e isso é difícil de admitir, que estamos encalhadas.
Geralmente minhas amigas e irmãs estão sempre namorando ou se relacionando de alguma maneira, mas ultimamente estão com dificuldades em achar uma pessoa decente para dividir momentos sinceros. Há uma grande massa de encalhadas a procura de alguém. O que está acontecendo com os homens? OU o que está acontecendo com nós, mulheres? O que queremos realmente? O que esperamos deles?
Vi uma reportagem interessante que cabe fazer uma observação. Nós gastamos mais com salão de beleza do que com coisas realmente importantes. Não estou dizendo que querer se sentir bonita é uma coisa irrisória, mas onde fica o amor próprio quando estamos preocupadas em dar a arrumadinha no cabelo, nas unhas, na pele só para deixar aquela "amiga" com inveja? Meu amor próprio é revelado de outra maneira e por isso estou sozinha mais tempo. Eu gosto sinceramente de dar uma arrumadinha em mim algumas vezes, mas prefiro ter uma personalidade que possa passar o que realmente sou .
Os homens desejam a mais bonita, sexy, extrovertida, inteligente, animada a conhecer novas pessoas e novos lugares, que se sintam a vontade nas situações mais chatas, mas nem sempre são características de uma mulher só (acho que é por isso que preferem ter várias ao mesmo tempo). Isso pode mudar conforme a idade, lógico. Porém, as mulheres têm uma visão mais profunda da questão, somos confusas. Eu, por exemplo, nem sei que tipo de pessoa seria boa para mim (isso também se deve ao fato de ter tido poucos relacionamentos); minha irmã, a que conversei sobre a mania de catalogação, amadureceu e agora quer alguém com uma meta na vida, que esteja pronto para um relacionamento mais sério, antes, queria alguém para se divertir, curtir a vida mesmo. Tenho amigas que estão afim de curtir sem ter que se entregar, outras estão num relacionamento sério e não pensam em deixá-lo.
Agora me responda: como juntar todas as nossas expectativas em cima do sexo masculino numa única pessoa? O fato é que estamos numa luta diária para talvez encontrar o cara certo no lugar certo na hora certa do jeito certo sem ter que dividi-lo com outro alguém. O que procuramos é uma bolsa vazia que poderemos encher com as características que queremos e, no final, descobrimos que na verdade desejamos tudo ao contrário. O cara certo acaba sendo  oposto do que esperamos.

As 15 músicas mais marcantes que já ouvi

No outro post, coloquei os 15 livros mais marcantes, agora tenho uma playlist marcante, pelo menos as quinze mais. Dentre elas estão minhas preferidas ou que simplesmente apareceram num momento distinto, afinal, tem que marcar de alguma maneira. Preferi fazer a lista de uma maneira que não repetisse a banda, o cantor e essas coisas, então ficou assim:


1. Déjà Vu
2. O errado que deu certo
3. Mais uma vez
4. Perfect
5. Wake me up when september ends
6. Pais e filhos
7. No pares
8. Vou deixar
9. É isso aí
10. Menina Carolina
11. Lama nas ruas
12. O calhambeque
13. Noites traiçoeiras
14. Cuidas de mim
15. Dom Quixote






Estão aí as 15 mais marcantes. Depois de colocá-las, descobri que queria aumentar mais essa lista. Cada uma delas tem um significado especial para mim, um momento que vivi e não esquecerei. Sou versátil com as músicas, mas minha ideia de bom som é ligada a uma boa letra, como já disse, amo as palavras!

Paixões idiotas nos deixam idiotas!

Vou falar nisso mais uma vez. Insisto nesse ponto porque sou uma tremenda idiota! Como?
Acontece que preciso desabafar. Gosto de alguém (um idiota) que está me deixando idiota também e sabe por quê? 
"Paixões idiotas nos deixam idiotas!"
Por que não poderia ser essas paixões arrebatadoras que só nos deixa mais apaixonada e apaixonante? Tinha que ser essa que nós saímos de nós mesmos e queremos viver a vida do outro e fazer todo o possível para deixá-lo feliz! E ele ainda me pergunta quem é o idiota!
Pronto! Desabafei.

Parábola dos meninos mortos

Cedo de manhã, naquela noite, dois meninos mortos se levantaram para lutar, dando as costas eles se encararam, e puxando as espadas eles atiraram um no outro, um guarda surdo ouviu o barulho, veio e matou os dois meninos mortos. Se você não acredita que essa mentira é verdade pergunte ao homem cego, pois ele também viu.





sábado, 9 de julho de 2011

A saga do moleque que tem que acordar cedo no domingo

Me pediram para escrever essa saga e gostei da ideia porque todos temos, pelo menos uma vez na vida, que acordar cedo. No caminho das pesquisas sobre quem gosta/não gosta de acordar cedo no domingo e suas razões descobri coisas engraçadas. Geralmente são pessoas menos favorecidas financeiramente que são praticamente obrigadas a acordar cedo no domingo. 
Voltando à saga, podemos começar com seus principais motivos: academia, correr pela orla, estudar, fazer faxina na casa, um almoço de família, praia, passear com seu animal de estimação, todas essas coisas nos obrigam a acordar cedo no domingo. Aliás, acordar cedo é complicado em qualquer dia da semana, mas no domingo é pior porque esse é o dia de descansar (para os católicos ou os que se dizem); até Deus descansou, mesmo que tenha sido no sábado, porém, nós, seres humanos preferimos descansar no primeiro dia da semana para ficar mais relaxado durante seu decorrer.
Quando temos que seguir essa saga, não há descanso nem relaxamento durante a semana. No caso do moleque, a sua saga se complica mais porque ele está no inverno do Rio de Janeiro (não aqui no pseudoinverno do Nordeste). Eu já encarei acordar cedo, no inverno, para estudar quando morava lá e confesso que usava uma blusa, uniforme do colégio e dois casacos para me proteger do inverno e o vento gelado matutino que é o pior porque você sai da sua cama quentinha, cai debaixo do chuveiro e encara as ruas quase desertas apenas com a brisa/vento cortante (nossa, deu um friozinho só de lembrar). Mas não era no domingão! Imagine esse moleque encarando o domingão, iniciando sua semana traumatizando sua mente em ter que acordar cedo, mais uma vez, no frio cortante do inverno do Rio de Janeiro. Rapaz, só não é pior porque não é no Sul do Brasil. 
Para ajudar o moleque na sua saga, garimpei 5 dicas das 20 dicas para acordar mais cedo sem reclamar:
1. Compre um despertador, ele irá te ajudar a não dormir até tarde.
2. Coloque seu despertador longe de você, mas que dê para escutá-lo. Assim você terá que levantar para ir desligar ele..
3. Não beba bebidas que façam você não dormir direito, bebidas com cafeína (chá, café, Coca-Cola…) e bebidas alcólicas. Isso irá bagunçar seu horário de dormir e junto com ele o horário de acordar, procure não beber esse tipo de bebida.
4. Procure dormir mais cedo! Essa, provavelmente é a dica mais importante do guia. Vamos ser realistas, se você quer acordar ás 05:00, não durma ás 2 horas da manhã pensando que você vai acordar descansado e pronto para o dia-a-dia. Procure dormir pelo menos 7 horas, acordar cedo se tornará uma tarefa muito mais fácil e natural.
5. Programe multiplos alarmes em seu despertador em horas diferentes algo do tipo 3 alarmes de 5 em 5 minutos para você não esquecer. Essa dica é ótima para quem tem sono pesado!



quinta-feira, 7 de julho de 2011

Os 15 livros mais marcantes que já li

Um amigo me pediu que listasse 15 filmes mais marcantes que já vi e descobri que amo filmes, mas minha paixão é ler. Daí, esta é minha pequena lista de 15 livros mais marcantes. Confesso que a ordem pouco importa nesse caso. O que importa é a pessoa se identificar com cada obra, por isso, coloquei minha identificação pessoal com cada obra listada.

1. Espectro
Autor: Flávio Andrade  

NOTA: ainda era muito criança, mas já adorava novas aventuras no mundo das palavras; um livro-jogo maravilhoso.
2. Tem alguém aí?
Autor: Marian Keyes
NOTA: esse foi o último livro que li. A autora consegue nos inserir na história; a sensação de perda de Anna é passada para os leitores (chorei do início ao fim, mas não pense que é só tristeza, Keyes tem uma habilidade ao conciliar o lado cômico com as tragédias). OUTROS LIVROS INTERESSANTES DELA QUE JÁ LI: Férias!, Melancia.
3. Ponto de impacto
Autor: Dan Brown
NOTA: livro de ficção maravilhoso; o jeito como o autor prende a atenção do público leitor é sensacional. Fiquei impressionada com seu jeito de escrever quando li pela primeira vez um livro dele. Admito que quero escrever um dia como Dan Brown ( mas também gosto dos artifícios de outros autores). OUTROS LIVROS INTERESSANTES DELE QUE JÁ LI: Fortaleza Digital, Anjos e Demônios, O código Da Vinci.
4. O décimo segundo anjo
Autor: Og Mandino
NOTA: apesar de ser auto-ajuda, Og Mandino foi autor do primeiro livro que li ( O maior vendedor do mundo); meu pai sempre gostou muito de suas obras e eu acabei gostando também; o lado bom de Mandino é que aprendi a gostar de ler com ele, fora de que suas obras sempre tem um contexto religioso maravilhoso. OUTROS LIVROS INTERESSANTES DELE QUE JÁ LI: O Maior Vendedor do Mundo, O Maior Milagre do Mundo, A Melhor Maneira de Viver, A Ressurreição de Cristo.
5. Não era uma vez
Autor: Marcos Rey
NOTA: o primeiro livro infantil que li. Um senhor que era dono de uma papelaria deu de presente para minha irmã mais velha ( deu um presente para cada uma de nós, mas só ela ganhou um livro); é uma história emocionante apesar de infantil.

6. Veronika decide morrer
Autor: Paulo Coelho.
NOTA: uma história que chegou na hora certa em minha vida. OUTROS LIVROS INTERESSANTES DELE QUE JÁ LI: O diário de um mago,Brida, A Bruxa de Portobello,As valkírias .
7. O menino do dedo verde
Autor: Maurice Druon.
NOTA: não parece, mas essa história é mais emocionante do que você pode imaginar. Um final mais surpreendente do que se pode imaginar.
8. Mulheres de Cabul
Autor: Harriet Logan
NOTA: quando parece que o sexo frágil está fragilizado mesmo, eis que aparece a fotógrafa e dá um ponto final na dúvida; em alguns (muitos) cliques, Logan mostrou mulheres sensacionais.
9. O caçador de pipas
Autor: Khaled Hosseini
NOTA: apesar de saber que cada livro nos dá uma nova visão do mundo, esse é especial nesse ponto porque ele não acaba na última linha. Continua na sua mente e você pode fazer um outro final com a deixa do autor.
10. Depois do Funeral
Autor: Agatha Christie
NOTA: primeiro livro dessa autora maravilhosa que eu li; romance policial, ações detetivescas fazem parte da minha vida, ainda mais numa época que queria ser advogada criminal, mas confesso que nunca descobria a verdade, a não ser no final do livro. OUTROS LIVROS INTERESSANTES DELE QUE JÁ LI: Assassinato na Casa do Pastor, Assassinato no Expresso do Oriente, Os Crimes ABC, Aventura em Bagdá, Um Gato Entre os Pombos.
11. O reverso da medalha
Autor: Sidney Sheldon.
NOTA: o que me fascina no autor é sua capacidade de revelar a essência humana sem torná-los vilões; nessa história principalmente isso acontece.OUTROS LIVROS INTERESSANTES DELE QUE JÁ LI: Nada Dura para Sempre, O Plano Perfeito, A Herdeira.
12. O apanhador no campo de centeio
Autor: J. D. Salinger.
NOTA: a curiosidade me moveu a ler o livro, no final, descobri que, assim como o personagem central, a minha história precisava ser escrita.
13. O vendedor de sonhos
Autor: Augusto Cury.
NOTA: todos os livros de Cury nos traz, de alguma maneira, uma maneira de ver e sentir aquilo que estamos passando em nossas vidas. OUTROS LIVROS INTERESSANTES DELE QUE JÁ LI: Nunca Desista dos Seus Sonhos, A Ditadura da Beleza,Treinando a Emoção para Ser Feliz , O Código da Inteligência.
14. Temporada de casamento
Autor: Darcy Cosper.
NOTA: coloquei esse livro porque foi o primeiro e único que li em que havia um casal de lésbica no meio; achei importante explorar esse lado, fora de que acreditar em casamento não é minha praia.
15. O amor do meu ódio
Autor: Paulino Vergetti Neto
NOTA: um temo pouco abordado, pelo menos nos livros que já li, mas esse autor alagoano mostrou e demonstrou uma das coisas mais impressionantes de se fazer na vida quando, através do personagem, conseguir conceituar e nos fazer sentir que perdoar não só é preciso, mas necessário. OUTROS LIVROS INTERESSANTES DELE QUE JÁ LI: O poeta e as ilhas, Orientes da memória, Além das estrelas.

Além desses, há também os que nunca consegui terminar de ler, por algum motivo (emocional ou não): O diário de Anne Frank, A cabana e, principalmente, a coletânea de livros que é a Bíblia. A história de Jesus dentro do evangelho é linda e eu gosto muito; independentemente de crer que ele seja o "Messias", a história desse grande homem é marcada de filosofias importantes. Dentro da Bíblia podemos encontrar também os Salmos que são uma parte importante de sua constituição. Eu gosto demais do salmo 91 ( O justo confia em Deus), é marcante e bonito.


terça-feira, 5 de julho de 2011

Eu não quero ser mais sua pequena

Enquanto a pseudoafirmação paira pelo ar, ainda me sinto bem, pois há um resquício de esperança – não, esperança não! - dúvida que vai além da lógica habitual. Odeio estar certa!, principalmente com os assuntos do coração – não, coração não! - da emoção.
Estar ao seu lado me faz “super” bem, mas me deixa invisível. Seu jeito de ser é a capa certa para minha invisibilidade. Acho que ninguém nunca vai gostar de mim do jeito que sou – ninguém além de você, é claro! - parece que o mundo tem grandes problemas para me aceitar. Restam-me duas opções: ou o mundo todo está errado ou eu que estou. Lógico que o mundo está errado, mas minha opinião pouco importa agora.
Ser abandonada é muito ruim, mas ser trocada é pior porque o jogo era seu, mas alguém pulou sua vez e venceu no final. Alguém venceu em meu final, venceu em minha partida e eu simplesmente permiti. Porém, esse alguém é tão somente esse alguém que nem ao menos percebeu que havia ganhado o jogo. O alguém não gritou “É campeão!” porque não sabia que estava jogando nem queria jogar.
Agora em que houve a confirmação, não posso me permitir ser sua pequena. Não que eu não queira por simplesmente não querer, mas seria mais útil em minha vida ser além de apenas sua pequena, porque aos poucos eu reduzi e eu era tão grande, tão cheia de mim, tão maior em grandeza de espírito.
Talvez eu ainda vá ser sua pequena – porque sempre a serei - mas quero sentir que eu sou antes de tudo. Por isso, por enquanto, por longo tempo, eu não posso mais ser sua pequena.

Vontade de escrever

Não dormi direito. Acordava toda hora e a mente trabalhava como uma máquina (será que não penso no cérebro como uma máquina?); tentava fazer-me dormir, mas isso parecia impossível. Uma onda estava me afogando, uma onda de pensamentos que há muito não vinham até mim. Queria apenas fechar os olhos e dormir um pouco.
Quando supostamente acordei, sabia o que precisava fazer: escrever. Só iria conseguir tirar tudo aquilo da mente pondo no papel. Minhas mãos estão cansadas, mas agora apenas transcrevo minhas vontades amanhecidas.
Algumas vezes, só as perguntas totalmente duvidosas voltam. Coisas como: "por que isso acontece comigo?"; "o que Ele quer?"; "como isso acontece só comigo?". E, então, mais uma vez, descubro que sinto uma coisa que vem da alma: no final tudo acabará bem.
Por esses dias já sei o que vai acontecer. Vou sumir. Sumir até isso passar. Sempre faço isso porque ainda não sei como enfrentá-lo. Não preciso de ajuda nem piedade, preciso apenas de coragem. Minha mente está cheia e preciso descarregar o caminhão que não me deixa pensar direito. Escreverei e, caso consiga tirar alguma coisa que realmente tenha valor, transcrevo para vocês.
Por hora, agora, depois, um dia, quem sabe um até breve!

domingo, 3 de julho de 2011

Totalmente desarmada

Geralmente eu uso uma espécie de armadura contra todos da espécie masculina. A razão disso está nas decepções sofridas por eles. Primeiro meu próprio pai, depois todos os outros que acabaram não dando certo.
Achei que estava totalmente protegida da paixão arrebatadora e essas coisas que acabam nos comprometendo, mas, mais uma vez, me enganei! Não me pergunte como aconteceu, só sei que está aí e nem sei o que fazer. Passei toda minha vida evitando esse tipo de sentimento e não havia nada que mudaria isso. Quando achava que poderia me apaixonar, evitava a pessoa.
Todo esse tempo não tive nenhum relacionamento desse tipo. Minha mãe me pergunta às vezes se eu nunca saio duas vezes com a mesma pessoa. Não sei o que responder. Primeiro porque saio pouco (é difícil me tirar de casa). Segundo, acho que sou um pouco antissocial e as pessoas percebem o fato. Sou difícil de lidar e as pessoas veem isso.
Agora percebi uma coisa: mesmo que eu tenha tentado distanciar-me ao máximo da paixão, o amor abriu uma brecha no meu coração considerado "de pedra" por muitos. Estou apaixonada e, de novo, não sei o que fazer!

sábado, 2 de julho de 2011

Descrição de morte

O que é a morte senão uma partida? Partem do corpo os átomos que o formam e são libertados para o ambiente. O que é a alma senão uma continuidade? A continuidade da sabedoria que passamos a quem nos permite tal proeza.
Morrer não é algo em que se dá o ponto final na história, o que se tem são reticências de onde podem surgir caminhos diferentes na vida das pessoas que nos cercam. A solidão é algo em que se dá o ponto final na nossa história. A solidão é a pior maneira de matar-se. Nela o silêncio impera e te cala mesmo que tente falar. A solidão não deixa sabedoria e não te marca na história. Pelo contrário, ela destrói qualquer resquício da sua existência porque te silencia, tira sua melhor – quiçá, única – forma de viver: expressando-se. Morrer, depois de ter tido um propósito em vida, é inevitável, porém, pode-se evitar a solidão – deve-se, pois sua força é esmagadora e você se torna ameaça em sua vida e na vida daqueles que te amam.
Quando o que mais você anseia é a morte, significa que o seu desejo é viver. É estranho esse desejo, mas é válido, pois você sente que precisa querer para então pedir ajuda, uma mão amiga, quem sabe.
O poço não tem fundo. E você cai, cai, cai... É tão triste você olhar sua vida passando e não sentir nada além da sensação de queda. Você tenta lutar, tenta subir, se agarrar em algo, mas você não tem asas e sua boca foi silenciada pela solidão. -Você respira apenas porque foi programado para isso. Sua mente não governa mais seu corpo porque foi aprisionada nas grades verossímeis e você fica entre a prisão ilusória e a prisão da realidade. Comodismos e formalidades lhe dão asco. Está enojado de aparências e disciplinas que te sufocam e impõem uma máscara diante de ti. Conceitos pré-concebidos estão à sua volta e te diminuem, te fazem cair mais e mais. Processos psíquicos e físicos norteiam seu corpo em busca do fim daquela solidão, mas não tem coragem de completá-los, pois você quer viver, anseia por vida. Tudo deixa de ter sentido, razão, explicação... e você não quer abrir os olhos da próxima vez. Você pede para morrer, suplica para que te levem a vida. Sente raiva por não alcançar nem esse desejo.
Os olhos... a porta de nossa alma. Antes brilhavam, agora são de mágoa, de irritabilidade. Eles te olham com indiferença. Veem-te como um bandido que roubou a própria vida ou a vontade de vivê-la.
“Por que não me ajudam?”
“Por quê? Você quer? Então comece consigo!”
Ir da vida à morte/solidão e, de novo, à vida não é fácil, mas o primeiro passo é seu. É necessário recarregar-se de energia – coragem e determinação – para levantar-se, para ser alpinista no poço sem fundo, para (re)atrair você para si mesmo e aqueles que te amam irão perceber-te, irão aquecer suas mãos frias, irão enxugar suas lágrimas, irão te chamar de egoísta por querer tirar-se da vida deles, irão encher tua vida e espantar a solidão que num pedaço do seu coração ainda irá inflamar se você quiser.
E você se olhará no espelho e verá outro sentido para tudo aquilo. Verá outra pessoa, deixará que as grades sejam destrancadas te liberando do cativeiro auto-imposto.
As marcas na sua alma prevalecerão, mas estarão curadas. Basta respeitar a si e aceitar a si do modo que é.
Descobrirá que: amar é.
Descobrirá que faz parte da vida de alguém especial e que, acima de tudo, você faz parte da sua vida.
“Para aqueles que não conheço e passaram pelo que passei, que vão passar ou estão passando, mas que verão que a vida floresce a partir da sabedoria, do amor, da amizade e o respeito que se tem por ela.”

GOMES

Eu sou uma Gomes e não tem como negar, mesmo que eu queira de vez em quando esconder. Carregar esse "fardo" às vezes se torna insuportável, principalmente quando minha mãe começa a falar que meu sorriso é Gomes, minha personalidade é Gomes, meu andar é Gomes. Isso é horrível!
Não tenho nada contra parentes, mas sou distante deles por um motivo racional! Os Gomes (alguns) machucam/ machucaram mortalmente e tiraram um pedaço da minha vontade de viver e para recuperá-la foi difícil.
A família Gomes é grande! Minha avó teve 7 filhos, mas ainda tem todos os primos de 2º grau e essas coisas. Ela está espalhada pelos quatro cantos do Brasil: Sul, Norte, Nordeste e Sudeste.
Meu problema em ser Gomes é suportável em alguns aspectos. O sobrenome é pequeno (isso facilita!). Ele não é feio (aliás, meus sobrenomes são todos bonitos, o que estraga é só meu nome de novela mexicana). É flexível (Gomez - minha variação preferida!).
Como já disse, sou uma Gomes e não tem como negar. Aprendi, mesmo que hoje esteja doendo admitir, coisas importantes com os Gomes, coisas boas e coisas ruins, respectivamente. Aprendi que devo respeitar os outros para obter respeito. Aprendi que ninguém é uma ilha (todo mundo fala isso, eu sei. Mas EU aprendi com um Gomes). Aprendi que quando alguém nos machuca seriamente porque não nos ama e não sabe expressar esse amor, devemos perdoá-lo. Aprendi que quando alguém nos mata espiritualmente e fere nosso família, devemos nos afastar dele. Aprendi que quando alguém diz que te ama é verdadeiro e que você pode amá-lo mesmo que não esteja perto dele. Aprendi a nunca confiar num maluco psicótico ( tem nos Gomes!). Aprendi que minha mãe tem razão (ela não é Gomes) quando diz que minha personalidade é Gomes. Afinal, não posso negar minhas origens mesmo que não concorde com a maioria das coisas que os Gomes fazem, posso apenas superá-los.

Eu não posso ser mãe!

Não é o que podem estar pensando. Calma!
Minha irmã mais nova de 6 anos está passando as férias dela aqui na minha casa e eu cuido tempo quase integral dela. Sou sua babá e isso não está sendo fácil por alguns motivos. Primeiro: ela é muito carente e todas temos OBRIGAÇÃO de dar total atenção a ela. Segundo: eu a amo mais que tudo e prometi fazer tudo o que ela quiser (não posso cumprir a promessa porque isso é prejudicial). Terceiro: não tenho paciência com algumas coisas. Quarto: não tenho como controlar a saudade que ela sente de nosso pai (sumido!) e nem como responder todas as perguntas dela (eu me achava inteligente, mas ela quer saber de tudo e, no final, descobri que não sei de nada). Tem mais motivos, mas explicarei porque cheguei a essa conclusão.
Sempre fui desastrada. Quando mais nova, morando em Valparaíso, derrubei um bebê no chão de paralelepípedo de cabeça ( eu tinha 5 anos, só para registrar); os pais dele nunca souberam disso. Mais tarde, já no Rio de Janeiro, derrubei meu primo do meu colo, mais uma vez, no chão, mas dessa vez tentei protegê-lo (tenho uma cicatriz provando meu ato heroico); eles caíam como copos! Quando estava morando aqui em Maceió, atropelei uma menina. A bicicleta não tinha freio e eu na verdade nunca fui boa na bicicleta. Ela apareceu na minha frente e só deu tempo de gritar SAI! E ela já estava debaixo do pneu frontal. Esses são alguns fatos antigos da minha infância.
Episódios assim continuaram depois do nascimento da minha irmã mais nova. Eu tinha 14 anos e ainda era/sou desastrada! Quando ela era bebê eu deixei ela quase se afogar dando banho nela. Não foi culpa minha, ela escorregou. Mas conseguimos salvá-la e nunca mais quis dar banho nela. Outras vezes eu acabava batendo a cabeça dela na parede durante uma brincadeira. Aconteceu isso de novo essa semana. Numa vez ela estava saindo do banho eu tinha sido incumbida de secá-la. Fui tirar a criatura do box e de repente ela pisou errado e não deu tempo de segurar e ela estava no chão e o sangue escorria feito cachoeira. Eu também corri para achar a mãe dela e cai no chão duas vezes (escorreguei no meio da rua. Primeiro caí de um lado e levantei, resolvi voltar para casa e caí de novo do outro lado). No final, uma consolou a outra!
Entenderam o motivo de eu não poder ser mãe?