segunda-feira, 11 de julho de 2011

No final do arco-íris

No final do arco-íris eu não encontrei meu pote de ouro...
      Talvez eu tenha encontrado as moedinhas ao longo da minha vida, como num jogo de vídeo game, e as tenha escondido numa bolsa imaginária. O ouro representa minha riqueza maior: a amizade.
      A amizade chega de repente e toma conta de nós sem nenhuma explicação. Costuma agir como fogos de artifício. Explode no ar e joga milhares de pedaços chamuscados por aí; pedaços de amor, fidelidade, compreensão, união, liberdade, esperança e, principalmente, felicidade.
      Estou na minha “fase bônus”, onde tudo que eu conseguir já valerá a pena.
      Estávamos deitadas na areia da praia, escutando apenas o som das ondas e as batidas de nossos corações. Os olhos brilhavam de maneira especial. Olhos verdes, ressaltados pelos meus, negros; mirava-me e, claramente, podia ver os lábios abrindo-se num sorriso de extrema felicidade enquanto as testas encostadas faziam com que aquele momento fosse único.
Só nosso.
Eu e ela.
Ela e eu.
Então, a maior prova de que ali era o lugar em que eu realmente queria estar surgia espontaneamente. Onde a amizade pura e simples se transformava numa aliança de amor e prazer. Sem medo da repúdia, preconceito e discriminação. Estávamos unidas não no laço eterno, mas no “infinito até que dure”.

2 comentários:

  1. Este texto sempre mexeu comigo. Perceber que a felicidade não é alcançada quando atingimos o clímax de nossos desejos e sonhos, mas é composta por cada centímetro de instantes que vivenciamos, por cada segundo de chão que percorremos: isso é, certamente, o tesouro que almejamos desde o princípio do jogo. Parabéns!

    Te amo muito, beijos...

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  2. Obrigada, Amanda.
    Eu fiquei feliz por ter percebido que conquistar a felicidade de verdade era assim e antes de ver minha vida passar e eu deixá-la se esvair... Foi bom! :)

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