sábado, 18 de junho de 2011

Ecumenismo familiar

Estava há bastante tempo querendo falar sobre isso.
Outro dia fiquei pensando no ecumenismo que minha família se envolveu. Minha mãe não tem religião, mas acredita em Deus e tem medo de 'não acreditar' em Jesus; minha irmã mais velha é católica ora praticante ora não praticante (depende se está namorando ou não); minha outra irmã é católica praticante e também curte o espiritismo (mas acaba usando isso só como um perfil religioso); ah, minha irmã mais nova ainda é muito nova, mas foi batizada e sabe rezar o "Pai Nosso" (erra alguns trechos, mas é engraçado); meu pai se diz evangélico e acha que Jesus apareceu pra ele (minha mãe contou essa história há pouco tempo e rimos disso - aliás, ele contou pra ela chorando); eu sou agnóstica (já me considerei ateísta, mas reconsiderei, pois acredito que tenha uma 'energia' boa, um sentimento bom que nos faz bem - gosto da "espírito santo" - e, afinal, não faz mal nenhum ter fé).
Mas a questão é que eu e minhas irmãs fomos criadas como se fôssemos católicas: tínhamos que rezar, frequentar catequese, missa e senta/levanta, estudávamos em colégio religioso e dizíamos (éramos obrigadas) sermos católicas. Perguntei à minha mãe outro dia por quê fazia aquilo conosco. Sua resposta foi até engraçada: "achava bonitinho vocês irem pra catequese". Nossa, eu tinha medo do padre, nunca gostei dos papas e não gostava da balela que falavam, simplesmente não concordava com eles. Sempre gostei mais da Teoria da Evolução do que de Adão e Eva (é impossível termos vindo deles!).
Fui durante algum tempo católica praticante, mas depois vi que aquilo era pura alienação. Frequentei outras religiões (respeito todas, aliás) e realmente não me encontrei. O que mais gosto de pensar é que não somos obrigados a gostar, mas precisamos ter respeito.
Temos uma imagem de Jesus aqui em casa. Era do meu tio. Penso nele como um filósofo que tem muito a nos ensinar, mas só conseguiremos aprender se realmente quisermos 'lê-lo'.
E, para terminar, gostaria de citar uma frase que meu professor de história do ensino médio nos disse uma vez quando comentava sobre as igrejas católicas e protestantes:"O que seria de Deus se não fosse o Diabo!".

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