quinta-feira, 2 de junho de 2011

Um Mundo Jovem


Somos livres para quase tudo, mas desse quase, ainda assim, nos aprisionamos, guerreamos e matamos.Aprisionamos nossas mentes para apenas detectar o que nos é prazeroso. Tornamo-nos prisioneiros da ilusão; “criamos” uma sociedade utópica. Aprisionamos nossas vidas na prisão da autoestima baixa e quando alta não somos nós que afirmamos, mas os “superiores”. Torna-se nossa "impostoestima!" Guerreamos com armas poderosas: as palavras. Usamos um atributo da paz para fazer guerra contra nossos pais, professores, amigos e, principalmente, nós mesmos. Matamos qualquer resquício de natureza humana. Matamos o verde de nossas florestas por puro consumo. Usamos esse verde para alimentar nossas dependências químicas.

Em 1996, observou-se em São Paulo um índice de 2403 queixas de abuso sexual, inclui-se violência doméstica física, fatal ou não, violência psicológica, dentre outras. Imagine hoje! Uma pesquisa realizada por Braun em 2002 aponta os índices de crianças abusadas de 10 à 14 anos (56%), seguida pela faixa etária de 5 à 9 anos (20%), de 15 à 17 anos (14%) e entre 2 e 4 anos (10 %) – fonte: LIBORIO, Renata Maria Coimbra - UNESP / P.Prudente. A VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DAS ESCOLASPÚBLICAS MUNICIPAIS DE PRESIDENTE PRUDENTE.
Esse índice cresceu mais ainda esse ano. Muitas dessas pessoas não são submetidas a tratamento específico. Elas buscam refúgio em outros lugares, como nas drogas, inclusive álcool, remédios fortes, causando culpa, depressão ou levando-as a praticar atos libidinosos. O pior disso tudo é saber que o abuso pode vir de dentro de sua casa. O silêncio e abandono nos levam às drogas de efeito rápido e destrutivo. Esquecemos de amar e não vemos que somos amados. Quantos problemas podem ser resolvidos dessa maneira? Nenhum!
“... A nós jovens é um tanto difícil conservar nossas opiniões...” Anne Frank
Estamos em constante transformação, mas enquanto jovens sofremos por não saber que caminho seguir, que atitude tomar... Seguimos errando nas horas fáceis e acertando nas difíceis – ou nem isso! Acabamos com nossas vidas ao tentar seguir o caminho mais fácil, não querendo lutar. Porém, queremos viver! Ansiamos por vida e paz. Queremos e devemos nos descobrir!
Quantos jovens morrem espiritualmente ao perderem seus sonhos e entregarem sua liberdade a um regime tirano de estética social? Quantos jovens morrem fisicamente por uma violência desumana que entra em nossas casas por todos os veículos disponíveis? Perdemos muitos jovens para as drogas, violência, “anas” e “mias”, para a autoflagelação, o abuso sexual, as DSTs... O mundo jovem é frequentemente abandonado, por todos nós, sem distinção de idade. Escondemo-nos em refúgios, casulos à prova de falsidade. Não sabemos, ao certo, o que queremos. Restam-nos dúvidas...
O que queremos? O que eles pensam de nós? Qual será nosso futuro? Será que vai ter futuro? Será que o futuro depende de nós?
Ele me ama? Eu me amo? Alguém me ama? O suicídio me leva a algum lugar? Será que sei viver de verdade?
Tenho amigos verdadeiros? Sempre vou ser eu mesma? Eu quero isso mesmo? O que vou ser quando crescer?
Qual a minha religião? Quando devo me refugiar? Será que podemos realizar todos os nossos sonhos?
Temos que perceber, entrar e compreender o mundo jovem para nos ajudar e ajudá-los.

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