Acorde-me quando o
outono acabar - Final
Peço que entenda: minha dor não é material, é espiritual; meu rancor não é pelo material, é pelo espiritual; não sofro por não ter algo e, sim, por não ser, por não ter forças para acender minha luz – exceto essa vela que queimou por duas míseras horas – e ser reconhecida pelo meu brilho, por isso, eu sofro e me silencio...
Não tente me acordar quando o outono acabar, pois agora tenho asas e voarei livre para qualquer lugar a qualquer hora. Buscarei sonhos e vou agarrá-los com tanta força que não escaparão.
Quero vocês vivendo até o último momento uma vida intensa e sem sofrimento. Joguem a raiva e a incompreensão num buraco negro que sugará com imensa vontade aquilo que lhe faria mal. Quero muitas coisas para vocês. Algumas não poderei dar, então terão que correr atrás. Queria muitas coisas para mim, mas nenhuma veio como prêmio, exceto a morte.
“Mãe, eu gosto quando as coisas terminam bem, mas nem sempre posso me permitir ser sonhadora.”
E agora, meu coração bate acelerado, a voz embarga e as mãos estão trêmulas... No inverno branco do meu quarto, ouço o bater de asas procurando um raio de sol... e, pela última vez, o adeus do pássaro.
É sempre bom ler uma coisinha por aqui, e você pensa que não venho né? rs
ResponderExcluirO texto é pra ser deprimente ou reconfortante? kkkkkkkkk
De qualquer forma muito bom!
M.D.C.
Deprimente ou reconfortante? Pergunta difícil.
ResponderExcluirDeprimente ao pensar que alguém se sinta assim e nada pode fazer, porém, reconfortante em saber que de alguma forma esse sofrimento pode ser acabado, mesmo sendo imortal!
Nuss. Eu sou tão confusa que nem eu sei a diferença de "nada pode ser feito" com "sofrimento sendo acabado" =|
ResponderExcluirSua depressão me deprime! kkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirAproveite a vida pirralha! ;P
Toma uma música do cartola pra animar:
ResponderExcluirO Mundo É Um Moinho
Cartola
Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.
Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés.
=)
Eu gosto dessa música...
ResponderExcluirSó pra constar: texto escrito em 2010.
Em 2011 meus textos estão mais leves.
;)
Ao (re)ler o seu texto, sinto exatamente o mesmo: "E agora, meu coração bate acelerado, a voz embarga e as mãos estão trêmulas... No inverno branco do meu quarto, ouço o bater de asas procurando um raio de sol... e, pela última vez, o adeus do pássaro". Sentes o medo de o pássaro ir embora?
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