sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Outono Imortal - 4


Só rezo para que acabe bem
De volta ao pior lugar do mundo, em meio a cálculos e textos mais compreensivos do que minha mente, descobri a razão de tudo não fazer sentido. Já tinha calculado várias expressões numéricas, equações de 1º, 2° - sei lá quantos – graus, equação de Kirchoff entre outras, mas nada havia deixado tudo tão claro em minha mente como minhas olhadelas para a árvore lá fora.
       “Os números complexos são simples. Todas as incógnitas tem solução. Entre análises temporais e espectrais, seu cérebro trabalha em todas as frequências. Os ângulos da vida também podem ter senos, cossenos e, principalmente, tangentes”, a árvore me dizia.
       Olhei todos mais uma vez naquela sexta-feira, cada rosto escondido, cada história camuflada. “Em tempos de guerra, a verdade é tão preciosa que é preciso ser guarnecida por uma escolta de mentiras”, com certeza Churchill tinha razão. Vivemos em um mundo de guerra – social, pessoal, mental -, eis aqui a explicação de nossas “doces” palavras. A aula terminou!
[...]Toda a mecanização social precisa ter um fim, precisamos nos humanizar. Eu comecei a sentir, você precisa também.
       Sem a máscara, mas ainda prisioneira, eu escrevo e seguirei escrevendo até minha mão sangrar e suas mentes estarem livres, e seus rostos poderem sentir o sol, e seus corpos voarem...

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